O médico hematologista Mário Mariz, do IPO do Porto, desmistificou alguns mitos sobre a leucemia, clarificando que esta não é uma doença fatal.
«Em Oncologia, as evoluções terapêuticas são, regra geral, feitas de forma lenta e progressiva. A introdução de novos fármacos ou protocolos permitem um pequeno progresso que pode fazer-se sentir, quer na melhoria da qualidade de vida dos doentes, quer no aumento da sua sobrevivência». Quem o diz é José Mário Mariz, médico hematologista no IPO do Porto, habituado a lidar diariamente com doenças oncológicas do sangue.
Sobre os avanços da Medicina nesta área, Mário Mariz adianta que, «nos últimos cinco anos, os avanços mais significativos dizem respeito ao tratamento dos doentes com leucemia mielóide crónica, onde foram introduzidos fármacos altamente selectivos, capazes de bloquear determinadas enzimas que estão na origem da doença. A comodidade na prescrição destes fármacos e a sua eficácia contribuíram de forma significativa para uma melhoria na qualidade de vida, bem como para um aumento na sobrevivência destes doentes».
Considera que leucemia «não é uma doença fatal. A leucemia é uma doença potencialmente curá-vel», adiantando que «é importante salientar que existem vários tipos de leucemia com tratamentos e probabilidade de cura variável. O transplante não constitui a única opção terapêutica. É possível curar doentes com leucemia semrecorrer ao transplante. Em alguns casos de leucemia, o transplante pode ser a primeira opção terapêutica, em outros casos pode ser uma alternativa após falência dos outros tratamentos».
No que respeita a probabilidades de cura, o médico deixa claro que a «leucemia mielóide crónica é, hoje, a forma de leucemia com maior probabilidade de controlo, fruto da introdução recente de fármacos altamente selectivos e eficazes», destacando igualmente que «leucemia não é igual a morte prematura. Uma percentagem significativa de doentes com leucemia aguda fica curada com o tratamento e a maioria dos doentes com leucemia crónica vive com a doença controlada durante muitos anos».
Destacando que somos um País avançado e desperto para a investigação, Mário Mariz salienta que «é com frequência que os centros portugueses, que tratam doentes com leucemia, são convidados a participar em estudos internacionais para desenvolvimento de novos fármacos». O futuro passa, segundo o hematologista, pela «introdução de fármacos cada vez mais selectivos, mais eficazes e provavelmente menos tóxicos, o que permitirá uma evolução contínua na melhoria da qualidade de vida e um aumento no tempo de vida para cada doente».
«Em Portugal, os doentes com leucemia têm acesso às melhores soluções existentes para cada tipo de leucemia. No que respeita a novas opções terapêuticas, estamos, felizmente, ao nível dos paíes mais ricos e desenvolvidos», remata o hematologista.
De
Solidário a 4 de Novembro de 2009 às 02:37
Queridos Amigos e amigas, por favor nesta altura em que estão a ser debatidos problemas tão graves, como a PANDEMIA DA GRIPE ( A = NÃO FUMEM, O CIGARRO ESTÁ A ACELARAR SÉRIOS RISCOS DE APANHAREM UMA TUBERCULOSE ( MULTIRESISTENTE = E OS RESULTADOS QUASE SEMPRE SÃO FATAIS. É UM AMIGO QUE VOS PEDE NÃO NÃO FUMEM. FORÇA
Comentar: